domingo, 6 de setembro de 2015

Perna Larga e Bunda Seca

Quando eu era criança e estudava sobre a história do Brasil, sempre me referia ao Marechal Deodoro da Fonseca, como "Perna Larga e Bunda Seca", pois era uma forma diferente de rimar o seu nome e assim me divertir um pouco com o que aprendia. Pois bem, hoje fui conhecer a cidade onde ele nasceu e ela fica em Alagoas. Em homenagem ao presidente ilustre, o primeiro do Brasil, a cidade hoje leva o seu nome e tem uma boa história para nos mostrar, pois os seus casarios antigos mostram um estilo colonial bem elaborado e que muito tem a oferecer para a nossa história. 
O centro histórico da cidade de Marechal Deodoro passa por obras de requalificação e sei que em pouco tempo oferecerá um conforto maior aos visitantes que ali vão para passear e conhecer um pouco das regionalidades de cada lugar. A cidade fica bem próxima da capital Maceió e passamos por lá porque era caminho da Praia do Francês, um dos nossos destinos no dia de hoje. 
Como o trânsito estava intenso, deixamos a Praia do Francês para a volta e seguimos para a Praia de Barra de São Miguel, que foi vista só de passagem, já que a movimentação era intensa e afetava um pouco a nossa mobilidade. Não há coisa pior do que ficar parado num congestionamento numa praia, pois a sensação é de que estamos perdendo o dia e deixando de aproveitar o sol e mar.
Seguimos para a Praia do Gunga e do mirante avistamos a imensa plantação de coqueiros, assim como a Praia de Barra de São Miguel e a Lagoa do Roteiro. Uma visão bela e cheia de encantos. Apesar do trânsito intenso para ter acesso ao balneário, resolvemos ficar e como a propriedade é particular, tivemos que pagar uma taxa para ter acesso ao local, que oferece banho de rio, mar e tudo isso misturado.
A Praia do Gunga tem três perfis: um mundiça, um melhorzinho e o sofisticado. Logo no início a farofa impera e isso se dá porque o local tem águas mais calmas e que possibilitam uma maior aglomeração de pessoas, as quais bagunçam tudo e sujam o que podem e não devem. Mais adiante encontramos um espaço melhor para ficar, embora o atendimento das barracas seja sofrível e com preços estratosféricos. Para quem procura um pouco mais de paz, o ideal é seguir um pouco mais adiante e ficar numa área bem deserta e sem muitas interferências dos dois níveis anteriores.
A Praia do Gunga me conquistou pela beleza que tem, mas precisa de um pouco mais de atenção a alguns detalhes simples, como limpeza das areias e serviço das barracas de praia. Quem for com fome, provavelmente deve morrer esperando o atendimento ou a chegada do prato, que quando vem está frio e com cara de passado.
Na volta para Maceió, passamos na Praia do Francês e pude relembrar o passado, quando meu pai nos levava para curtir o verão por ali. A praia mudou demais e hoje está uma mundiça pura, além de agitada e cheia de sujeira na sua areia. A falta de planejamento e de educação das pessoas assusta.
Mesmo assim valeu o passeio, pois pude ver um pouco do artesanato local e como é feita a famosa renda filé, que tanto admiro e tenho em minha casa.
Andei um bocado e quem terminou ficando de perna larga e bunda seca fui eu...




































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