Este foi o dia mais ameno da jornada no Vale do Pati, pois pudemos contemplar três cachoeiras e parar um pouco para tomar banhos relaxantes e com muito aproveitamento da natureza. Passamos inicialmente pelo Poço das Bananeiras, que é uma cachoeira pequena, mas bem convidativa e ótima para banhos mais calmos. O caminho até ela foi bem leve e passou por altos e baixos e em alguns momentos tivemos que andar sobre pedras nas margens do rio, o que fazia com que o cuidado fosse maior para evitar escorregões desnecessários.
Em alguns momentos não me arrisquei pelas margens do rio e preferi subir pela mata, já que estava com uma câmera fotográfica e o risco da coitada se afogar era muito. Seguindo em frente, chegamos até a Cachoeira dos Funis, na qual não paramos muito e só contemplamos a paisagem, que era um pouco fechada e com muita vegetação.
Na última, a Cachoeira do Lajedo, a parada foi maior e neste local fizemos um lanche e ficamos por um bom tempo conversando e contemplando a beleza do local. A cachoeira é ótima para banhos, pois apresenta uma queda d'água bem alta e com margem sem muita profundidade. Entrei na água e tomei aquele banho, mesmo sentindo muito frio e sendo acompanhado de perto por um sapo. Ainda bem que só vi o anfíbio após ter aproveitado bem o banho, senão não teria me divertido tanto, já que não sou muito receptivo aos sapos.
Como terminamos a caminhada cedo, aproveitamos o tempo livre para conhecer um local muito famoso no Vale do Pati: a famosa Igrejinha. É um espaço que recebe os visitantes aventureiros e tem este nome devido a uma igreja que possui no seu pátio, chamada de Igreja do Senhor do Bonfim. Lindinha e com muitos ornamentos religiosos, a construção se torna um momento de reflexão dentro do vale e também uma forma de contemplar e agradecer a Deus por cada momento vivido por ali. A Igrejinha possui vários alojamentos e tem uma estrutura bem maior do que a das casas dos moradores, podendo receber um número considerável de visitantes de uma só vez. Tomamos um ótimo café, bem quentinho, e este "ritual" foi o nosso combustível para seguirmos para outro destino não programado, o Mirante do Cruzeiro.
Numa subida breve, porém bem elevada, chegamos até o cruzeiro e no caminho ainda encontramos duas cobras, das quais só percebi o barulho. O nosso guia foi que viu e as afastou do caminho. Completamente normal para quem está dentro de uma mata.
No Mirante do Cruzeiro, veio a surpresa: a vista da paisagem era a mais bonita e o céu limpo e azul fizeram deste desvio no caminho uma ótima opção para encerrar bem o dia e voltar para o nosso abrigo com uma sensação boa de missão cumprida.
O final de tarde foi belo e anunciou o grandioso luar que naquela noite apareceria. Robinho, o cachorro de Dona Léa, estava mais mansinho que de costume e fez pose em frente a casa para as lentes da minha máquina que não se cansaram de registrar os seus momentos de simpatia.
O descanso foi calmo e pudemos relaxar um pouco mais neste dia, já que chegamos mais cedo e tivemos mais tempo para aproveitar a noite e contemplar o belo luar. Era o penúltimo dia no Vale do Pati e a sensação era de despedida, pois no próximo dia a jornada seria a mesma do primeiro dia, só que no sentido contrário.
Amanhã voltaremos para o Povoado do Guiné e o belo local já ficava na nossa memória, com lembranças boas e ótimas recordações visuais. Era a mágica do Vale do Pati tomando um sentido diferente, com gostinho de quero mais e de volta breve programada.
Belas fotos!
ResponderExcluirParabéns!