Sempre fico observando as pessoas que não possuem algum tipo de habilidade, especialmente quando não sabem ler e escrever, pois a sua vivência é sempre baseada em perguntas, seja para pegar o ônibus adequado, o nome da rua, o valor das coisas, o andar da sala tal, o que está no documento que recebi e mais isso e aquilo.
Deve ser uma vida terrível viver dependendo dos outros para realizar atividades tão simples, pois tais situações são corriqueiras nas nossas vidas e nos fazem independentes para resolver assuntos que só precisam da nossa intervenção. Quando vejo uma pessoa bem idosa nesta situação, ainda me conformo porque sei que muitos não tiveram acesso à educação em épocas passadas e que terminam pagando pelos males do passado. O que acho ruim é ver um adulto, na faixa dos 20 a 25 anos, sem saber se comunicar direito por falta de conhecimento da nossa língua, especialmente por não saberem escrever direito ou quando falam sem se expressar de uma forma aceitável, tamanha é a falta de conhecimento das palavras que devem usar. Sabem exatamente falar as gírias de ocasião, mas não sabem falar 10 frases mais elaboradas e terminam se comunicando por monossílabos ou frases curtas que não chegam a lugar nenhum.
Onde vamos parar?
Não sei realmente, mas tenho certeza que em bom lugar não é. Se essa geração é o futuro do Brasil, imagine como serão as que ainda virão se continuarem usando e abusando da falta de comprometimento com os estudos e pensando que irão poder passar a vida toda dependendo dos outros em tudo que precisarem.
Temos que deixar de ser analfabetos da alma e buscar urgentemente adquirir conhecimentos para que possamos estar a cada dia mais preparados para a vida e para tudo que ela nos oferecer, sabendo que nesses momentos o nosso sucesso estará guardado e sem chances de fraquejar. Se nos acostumarmos a evoluir e a adquirir conhecimentos, seremos fortes para as nossas decisões e saberemos ao certo onde ir, que ônibus pegar e o que fazer nas horas mais improváveis.
O texto de hoje foi inspirado numa informação que dei a um rapaz num determinado setor público da cidade de Jaboatão, pois ele me perguntou onde ficava uma sala e eu falei que todas elas tinham uma placa indicativa informando, que ele só precisava ler que acharia facilmente.
Sabe aquela sensação de espaço, com um monte de interrogações?
Pois bem, foi assim que o percebi: voando num espaço de dúvidas e sem saber como resolver a situação.
Foi então que eu mostrei exatamente a sala que ele deveria ir, pois se não tivesse feito ele iria perguntar, perguntar e perguntar.
A sala que ele queria ir estava a exatos 10 passos de onde estávamos.
É aquela velha história: Somos cegos e não percebemos o que está ao nosso redor por pura falta de conhecimento que muitas vezes não precisa ser grande e basta que saibamos um pouco do nosso dever de casa esquecido e que agora termina sendo necessário para as nossas realizações.
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