Viciante

Ficamos viciados em muitos costumes e se observarmos bem os detalhes, veremos que esta atitude nossa é totalmente desnecessária, pois temos condições de viver bem e felizes sem determinadas manias que adquirimos ao longo do tempo. 

O vício consome o homem e faz com que ele note a sua total incapacidade diante do mundo e dele mesmo, pois é nesse momento que a fraqueza fala mais alto e faz com que possamos perceber que o sopro que nos dá vida também pode nos derrubar, já que para iniciar uma atitude descompensada só precisamos sentir o ventinho leve da tentação.

Nem nos damos conta, mas o descontrole dos nossos atos é totalmente percebido quando passamos a ter atitudes fora do normal ou quando deixamos de cumprir o que realmente interessa para dar espaço ao que pode esperar e ser feito em outra oportunidade. Deixamos de conversar com um amigo pelo vício do bate papo no celular e comemos demais porque o rodízio de pizza está num preço imperdível e desperdiçar uma grama seria uma afronta ao nosso bolso. 

Na verdade, algumas ações até precisam ser realizadas, mas o que mede a eficácia e o descontrole é quando passamos mais tempo utilizando o indevido e este nos faz ter calafrios de abstinência pelo simples fato de não usarmos as possibilidades de forma controlada, gerando uma escravidão que não tem fim e que compromete a nossa sabedoria de poder escolher entre o que é bom ou ruim.

Tudo nesta vida e bom, desde que usado com cautela.

Até o veneno mais mortal tem sua utilidade e pode ser usado para salvar vidas. O homem ainda não aprendeu a salvar a si próprio dos seus males e faz com que sua vida seja cada vez mais desgastante pelo simples fato de não saber controlar o que realmente vale a pena e tem teor essencial para todos nós. Nos perdemos pelo excesso e pecamos pela falta de controle dos fatos e das nossas atitudes, as quais terminam gerando os piores problemas que alguém pode esperar.

Viciante é a nossa falta de compromisso com nós mesmos...