Numa terra de tantos reis, perdemos o mais popular, o Rei do Brega, Reginaldo Rossi. Indiscutível a relação de amor que as pessoas mantinham com ele e como era querido pelas pessoas que gostavam da música simples, mas cheia de significado, falando de amor, desilusões amorosas, chifres e bebida, algo que qualquer relação passional possui, algumas com menos, outras com mais intensidade.
Reginaldo Rossi era pernambucano, cantava o Recife muito bem e tinha sua terra no coração, divulgando em suas apresentações este sentimento. Seus shows eram sempre lotados, cheios de fãs, de pessoas ávidas por suas músicas, além, claro, dos imitadores, que não eram poucos. Reginaldo era tão popular que se tornava folclórico e deixava de ser uma pessoa comum para se tornar um ser diferente, cheio de detalhes que somente quem o conheceu descobrirá e lembrará.
Sua voz forte, marcante, era o diferencial que as suas músicas mereciam, pois era deste tom que a voracidade da sua informação necessitava. Eu não era ouvinte assíduo do Reginaldo, mas gostava de algumas canções e de tanto escutar, desde a infância, já sabia de cor, mesmo sem ter feito nenhum esforço para aprender. Era a popularidade da música que fazia das suas canções algo fácil de ser cantado, aprendido e divulgado.
Em 70 anos de vida, o Rei abusou muito do cigarro e este foi o motivo principal da sua morte, pois um câncer nos pulmões tirou o fôlego de um dos nossos maiores representantes da música popular e romântica, como ele mesmo gostava de dizer. Vendo o seu velório na TV, fica claro o carinho que as pessoas sentiam por ele, pois comoção nestas proporções só acontecem para aqueles que são realmente importantes para o povo e fazem a diferença com a sua arte.
A MPB, o Brega, a Música Romântica, ou seja lá qual for o estilo do Reginaldo Rossi, ficou mais triste nesta manhã, pois todos os esforços que foram feitos para salvar o ídolo das multidões foram em vão. A doença foi mais forte e levou consigo um dos nossos grandes artistas, que certamente deixará saudade e ficará no imaginário de todos nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário