Muitas pessoas falam mentiras porque querem ou por acreditarem que aquelas meias verdades são fatos reais e podem ser divulgados de forma irrestrita e que não cause nenhum mal. Há, porém, os loucos, que falam coisas e situações sem terem a noção do que realmente está ocorrendo e terminam causando uma confusão danada na vida das pessoas, fazendo com que muitas outras ações sejam desencadeadas, onde a desconfiança e a agonia falam mais alto do que a verdade.
Como num teatro, a vida imita a arte e encontramos muitas formas de interpretações das inverdades que a vida nos apresenta e que fazem bonito, digo, feio, na vida de qualquer um de nós e terminam criando situações constrangedoras, desgastantes e mortais.
Assisti a uma peça de teatro que tratava deste assunto e um simples diagnóstico de um médico louco causou um problema familiar tremendo, onde todas as agonias já previstas e visíveis das pessoas foram potencializadas com a notícia de uma gravidez iminente, porém irreal.
A notícia serviu como desculpa para que a família mostrasse todo o seu desgaste psicológico e também para comprometer ainda mais os laços que já estavam sendo desfeitos há algum tempo. Se uma notícia ruim aparece e encontra pessoas despreparadas, a confusão está formada e com certeza ocasionará muitos problemas que poderão ou não ter solução.
Interpretar uma vida assim, cheia de problemas, é tarefa de quem tem base formada e confia plenamente nas pessoas que estão ao seu redor, não colocando em risco as notícias desencontradas e informações mal explicadas.
Texto inspirado na peça "Então, Bate" do grupo de atores iniciantes da Casa Mecane, que numa bela e profissional apresentação, realizada no último domingo, na cidade de Vitória de Santo Antão, me fez pensar um pouco sobre as verdades e incertezas da vida e como elas podem nos deixar sem chão ou muito abaixo dele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário