sexta-feira, 11 de outubro de 2013

P, M ou G?

Hoje fui comprar umas camisas de malha e para minha surpresa os tamanhos P, M e G serviram, dependendo, claro, do modelo de cada roupa e do tipo de corte. Fiquei sem saber exatamente qual era o meu tamanho ideal e percebi que para termos uma compra realmente segura é sempre bom provar antes, já que a industrialização de roupas e a fabricação em grande escala, faz com que os tamanhos fiquem meio loucos e terminemos, dessa forma, sem saber ao certo o que realmente é ideal para o nosso manequim.
Os modelos mais tradicionais geralmente são maiores, mas os do tipo "slim fit" (magro ajustado, em português), terminam sendo pequenos demais, nos fazendo comprar um tamanho a mais, exceto se formos adeptos das roupas justinhas ao corpo e com um visual "gostosão das tapiocas".
Eu prefiro algo mais confortável e não gosto de roupas muito justas. Deve ter sido este o motivo de ter trazido para casa camisas da mesma marca e em tamanhos diferentes. A justificativa para isso são os cortes, que de certa forma influenciam na escolha do tamanho, que pode apresentar um visual mais despojado ou arrumadinho.
Esse é só um exemplo, mas essa loucura acontece muito nas roupas de lojas que vendem produtos em grandes quantidades, já que a variedade de modelos nem sempre está adaptada aos padrões dos brasileiros e faz com que muitas vezes as pessoas fiquem parecendo que estão vestindo sacos e não roupas. Se aperta no tórax, sobra no comprimento, ou quem sabe aperta nos braços e sobra na largura. É uma loucura essa forma desordenada de escolher roupas e tudo isso é fruto de uma sociedade que se acostumou a ter produtos em modelos padrões e que nem sempre favorecem o corpo das pessoas.
Já vi pessoas ficarem com um corpo horrível numa roupa bonita ou usarem os terríveis jeans em cortes que acabam com a bunda e deixam a cintura folgada e precisando de alguns ajustes. 
Foi-se o tempo em que as roupas eram feitas sob medida...
Ainda peguei um pouco dessa época na minha infância, mas hoje isso não compensa, já que os tecidos, cada vez mais raros nas lojas, são caros e ainda temos que pagar pelo trabalho de uma boa costureira, que, além de ser uma mosca branca, é cara, preferindo, na maioria das vezes, ajustar do que costurar.
É comum encontrarmos as lojinhas de ajuste de roupas e isso é fruto dessa modelagem desordenada e cheia de critérios falhos, onde não sabemos ao certo o que é P, M ou G, se é que isso existe mesmo. Daqui a alguns dias as roupas serão tamanho único e iremos ajustar de acordo com as necessidades de cada um de nós.
Está cada vez mais complicado entender os tamanhos das roupas e saber realmente como cada loja elege os seus cortes para poder produzi-las. Enquanto não acertamos, vamos usando todos os tamanhos e deixando que tenhamos uma breve ilusão que estamos engordando ou emagrecendo, quando na verdade as etiquetas é que estão loucas e talvez afixadas em roupas erradas. Na pressa da fabricação em larga escala, não me surpreenderia se alguma etiqueta tamanho M fosse colocada no lugar da G ou se a P fosse realmente uma GG.
Deixa pra lá... Prove e pronto. 
Resolva essa dúvida observando tudo no seu próprio corpo.

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