A minha foto no meio das bicicletas, no Marco Zero do Recife, é para mostra um pouco da imensa agonia de informações que reside na prática esportiva nos finais de semana, pois de uma hora para outra todo mundo passou a ser saudável e também praticar todos os esportes possíveis e imagináveis num mesmo local, o que termina transformando a atividade num costume um pouco perigoso.
Quase fui atropelado por uma criança de aproximadamente dois anos que saiu desembestada e correndo a 100 km por hora; sem contar que os pais estavam do outro lado da praça e nem perceberam que o menino estava solto e podendo ser atropelado.
Depois apareceu na minha frente uma linha e quando olhei direitinho, eram 04 crianças empinando pipa e podendo causar acidentes mortais se aquelas, aparentemente inofensivas linhas, passassem no pescoço de algum ciclista. Levei um tombo porque um grupo estava jogando futebol americano e a bola quase me atinge; com a distração terminei caindo, mas foi de leve. Outro erro grave foi perceber um grupo de pessoas praticando um esporte parecido com o hóquei naquele turbilhão de informações e de congestionamento de pessoas.
Paciência...
A iniciativa da Prefeitura do Recife é perfeita e possibilita um despertar muito bom nas pessoas para a prática esportiva, mas se não forem criadas regras bem determinadas e organizadas para a utilização dos espaços, ficará impraticável o lazer e o divertimento, uma vez que será dado espaço ao desordenamento e acúmulo de informações e atividades.
A Praça do Marco Zero se torna um ponto de encontro e por isso assume tal agonia. Deveria ficar liberada para os patins, que não possuem local específico e ainda estão sendo tratados de forma marginal na nova cultura que se instalou na capital pernambucana.
As bicicletas deveriam ficar somente na ciclovia e caso andassem no local, deveriam contar, pelo menos, com a atenção dos ciclistas, pois estes pedalam sem observar nada e a impressão que tenho é que estão anestesiados com a situação e sem a menor percepção do perigo que podem causar. Havia até um grupo que estava apostando corrida e isso não reflete uma prática segura, já que ali estão crianças pequenas e pessoas idosas, que não terão tanta habilidade para se desviar dos perigos, como uma pessoa mais experiente.
Gostei do dia e aproveitei muito, mas se os espaços fossem mais determinados e organizados, a diversão seria bem maior e o perigo não estaria rondando a nossa mente o tempo todo.
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