Quem ama a cidade que reside não fala isso da boca para fora e toma atitudes sempre benéficas e que favoreçam a vida de todos e não somente a sua. Encontramos vários exemplos da falta de amor pela cidade e especificamente no Recife a situação tem se tornado caótica, pois a quantidade de lixo, monumentos danificados, paredes rabiscadas e outros lugares comuns impraticáveis para uso é bem significativa.
Muitos protestos ditos como democráticos, na verdade causaram um transtorno imenso em muitos bairros, deixando as paradas de ônibus e ruas com os vestígios de uma guerra sem muitos motivos, mas com muitos significados.
Como se não bastasse a falta de educação das pessoas, ainda temos que contar com o vandalismo dos que deveriam dar exemplo para a sociedade, pois os jovens, que hoje acabam com tudo, serão os que irão usufruir dos espaços que eles mesmo ignoraram e jogaram no lixo.
Outro dia a Prefeitura retirou do centro da cidade, sob protestos e muita turbulência, uma multidão de camelôs que ocupavam vários espaços e pontes, deixando a circulação de pessoas comprometida. Após a retirada é que notamos melhor o estrago dos locais que antes estavam totalmente tomados e sem visibilidade alguma. São estragos que irão necessitar de um monte de ajustes e não basta só desocupar os espaços irregulares para que a beleza apareça novamente, já que a sujeira e puxadinhos de antes tornaram feios e desordenados o que era bem organizado no passado.
A Prefeitura tem sua grande parcela de culpa, pois permite que aos poucos a desordem vá se instaurando e não faz ações eficazes e constantes para conter a onda de donatários que invadiu a cidade desde a sua criação e que hoje demonstram uma total falta de cuidado e de amor ao local que escolheram para viver.
Os mendigos dormem nas ruas, mas também fazem suas necessidades fisiológicas nos locais mais improváveis e a impressão que se tem é que esqueceram as mais básicas normas de convivência e passaram a viver como animais. Encontramos de tudo um pouco e ocupar espaços vazios nas ruas é algo que acontece com mais frequência do que imaginamos.
Amar a cidade que vivemos não é somente falar e soltar as palavras ao vento, mas praticar a civilidade todos os dias, lembrando que os espaços são de todos e não podemos fazer tudo que a nossa desvairada consciência permitir e imaginar.
Ter consciência e educação é a melhor forma de demonstrarmos o nosso amor pela cidade que moramos e o Recife tem precisado muito deste sentimento. Antes e jogar lixo na rua, de destruir os bens públicos ou de tomar o espaço que não é seu, lembre-se que a cidade é propriedade de todos e não deve ser tratada com tanta individualidade e desprezo.
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