Vendo os comentários e reportagens sobre a Copa das Confederações neste final de semana, pude perceber que ainda estamos despreparados para um evento de grande porte como a Copa do Mundo, pois situações básicas ainda não foram sanadas e causam transtornos graves à população que ainda insiste em ir aos estádios.
Aqui no Recife faltou o básico e até o lixo não tinha onde ser acomodado, gerando problemas nos banheiros e pátio da Arena Pernambuco. O Metrô estava lotado, ineficiente. A BR que dá acesso ao local, inviável e congestionada.
Gastamos milhões com a construção de um estádio e esquecemos de viabilizar um trajeto seguro, confortável e que comporte a grande quantidade de pessoas que participarão do evento durante os dias de jogos.
Vaiaram a presidente Dilma, alegando que governo está ineficiente por não investir em coisas mais importantes, mas como esta vaia pode ser sentida com eficácia se as mesmas pessoas que falam mal estão ali, pagando caro para assistir a um jogo?
Conheço pessoas que viajaram para Fortaleza e Rio de Janeiro só para assistirem aos jogos deste final de semana. Mesmo gastando absurdos, colocam nas suas redes sociais a insatisfação com isso, com aquilo... Fazem da própria imagem algo banalizado, pois indiretamente falam mal de si mesmos com tais atitudes.
A verdadeira oposição ao que está acontecendo, seria a evasão dos estádio, pois somente com o prejuízo na venda dos ingressos, os governantes iriam perceber que a indignação era verdadeira.
Enquanto continuarmos lotando os estádios, pagando absurdos por um ingresso e achando bonito andar num metrô lotado, nada mudará. As manifestações ocorridas em São Paulo na semana passada demonstram que a população está indignada com tantas injustiças e refletem a descrença por dias melhores, que valorizem mais o que realmente é necessário ao povo, que é a segurança, saúde e educação.
Se as pessoas não forem supridas destes itens, terão cada vez menos capacidade de lutar pelos seus ideias e ficarão buscando nos programas inspirados no Bolsa Família a solução para os seus problemas, ao invés de batalharem para conseguirem superar as edversidades da vida cotidiana.
Não adianta falar e não agir. Temos que buscar atendimento de qualidade para os serviços essenciais da população e não se encantar com cada obra faraônica que for criada e que só valorize os bolsos dos grandes empresários e do Governo, que arrenda tais locais a preço de outro e cobrindo todos os custos realizados.
Precisamos jogar fazendo gol e não batendo na trave.
Andando voluntariamente de ônibus e metrô lotados, o brasileiro apenas e tão somente está avalizando como normal o caos do dia-a-dia. PENA que não é o mesmo público frequentador das arenas luxuosas que utiliza o transporte público vergonhoso no Brasil em dias normais.
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