quinta-feira, 27 de junho de 2013

Hediondo

As manifestações realizadas pelo Brasil estão surtindo efeitos positivos e negativos, mas algumas coisas precisam ser vistas para evitarmos controvérsias e falatórios sobre o que nem é muito claro para a mente da maioria das pessoas, que não sabe discriminar o que é latrocínio de desonestidade. A aprovação da corrupção como crime hediondo é, no mínimo, um erro gramatical e de sintaxe, pois distorce o significado da palavra e faz com que a desonestidade seja igual a um crime praticado  com violência e maldade, o que não é. Se queriam punir os políticos com a impossibilidade de fiança no crime de corrupção, que assim fizessem e descrevessem melhor o que está no código penal, pois de leis mal explicadas já estamos cheios e isso sempre dá margem para que os crimes continuem sendo julgados pela metade, inocentando quem não presta ou punindo o inocente.
A ânsia de calar a boca do povo foi maior que a análise dos fatos.
Corrupção deveria ser punida com a perda total da elegibilidade, pois de político corrupto e safado já estamos cheios e acho um absurdo eles deitarem e rolarem e depois poder se candidatar de novo.
E não me venham falar de direitos iguais...
Direitos iguais merecem aqueles que respeitam a população, que cumprem os seus deveres, que realizam um mandato decente e que não comprometa o dinheiro público, que ainda é muito mal empregado e usado para financiar a podridão do País que só cresce a cada dia.
Devemos tratar os iguais como iguais e os desiguais como desiguais, assim rege o princípio da igualdade.
Tenho certeza que a limpeza seria muito grande se a lei agisse dessa forma, pois a perda do direito de elegibilidade é bem mais severa do que uma prisão que pode ser relaxada por uma boa defesa ou por bom comportamento.
Uma vez provada a safadeza, o infame deveria ter o seu cadastro sujo e jamais aparecer sua foto nojenta nas urnas para que o povo perca seu tempo indo às urnas para votar nele. O Brasil precisa de decência e não de leis com duplo sentido, pois enquanto continuarmos agindo assim, as chances de evolução serão as piores possíveis.
Um País que não sabe usar a própria língua para qualificar suas leis, termina caindo na agonia das manifestações equivocadas onde nem todos sabem o que estão pedindo e usam este artifício para criar mais um momento de "oba oba", onde o carnaval é grande e os fogos de artifício não são para São João e nem para São Pedro, são para a Santa Paciência.
Santa Paciência mesmo!

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