Ainda tratamos as crianças como bichos e não estou falando com isso que elas são perigosas, mas que a maioria dos adultos não sabe lidar com esta fase evolutiva de todos nós, que clama por um espaço maior para desenvolver toda a sua criatividade, soltando um turbilhão de energia que nem sempre é entendida por todos.
Quando vi esta placa achei muito engraçado o significado, pois ao invés de alertar para a lombada, alertou para as crianças, como se elas fossem as causadoras de acidentes. Na verdade elas não causam, só não possuem ainda a noção do perigo que muitos de nós, adultos, possuímos e mesmo já sabendo disso, insistimos em passar em alta velocidade perto das escolas, parques e em outros locais que possam ter uma grande quantidade dessas criaturinhas tão danadinhas e que refletem toda a vida que um dia tivemos e que agora deixamos que a fase adulta tome conta de vez, sem chances de proporcionarmos para elas a mesma atenção que um dia nos foi dada.
Eu fui muito danado na minha infância e posso dizer que se as crianças possuem um anjo da guarda, eu deveria ter uns 20 de prontidão para me livrar das inúmeras situações que me meti e que hoje viraram histórias engraçadas quando minha mãe conta. Engraçadas agora, mas na época devem ter consumido o juízo dela que teve muito trabalho para conter a energia de uma criança como eu, já que andar e fugir eram palavras similares para mim. Não havia distinção entre elas para mim, mas mesmo assim não era uma criança perigosa e que precisasse de uma plaquinha amarela como alerta. Era apenas uma criança como outra qualquer, ligada em 220 e com muita carga extra para usar.
O que os pais e todos nós precisamos é perceber isso e educar esses pequeninos para serem cuidados e atentos a tudo, inclusive para as brincadeiras, pois se assim for estarão cada vez mais preparados para o mundo e ficarão livres de qualquer placa indicativa de perigo e atenção.
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