Um velho calção de banho
O dia para vadiar
Um mar que não tem tamanho
E um arco-íris no ar
Depois na praça Caymmi
Sentir preguiça no corpo
E numa esteira de vime
Beber uma água de coco
É bom
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Enquanto o mar inaugura
Um verde novinho em folha
Argumentar com doçura
Com uma cachaça de rolha
E com o olhar esquecido
No encontro de céu e mar
Bem devagar ir sentindo
A terra toda a rodar
Depois sentir o arrepio
Do vento que a noite traz
E o diz-que-diz-que macio
Que brota dos coqueirais
E nos espaços serenos
Sem ontem nem amanhã
Dormir nos braços morenos
Da lua de Itapuã
É bom
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Hoje visitei a Praia de Itapuã, e bem diferentemente do que Vinícius de Moraes cantou na famosa música, o local está mudado e perdeu muito o encanto de antes. Mesmo assim, a praia nos dá uma visão linda de Salvador e com a maré baixa é possível tomar banho nas piscinas naturais que são formadas. O problema é a grande quantidade de sargaço que deixa um cheiro forte no ar e torna o passeio na praia um pouco abusivo. O Farol de Itapuã é bem conservado e visitado, pois todos seguem para lá e tiram uma foto ao lado do monumento mais famoso do bairro.
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