Tudo vira fonte de renda em cidades voltadas para o turismo e, claro, quando as pessoas desejam viver honestamente e ganhando alguns trocados na informalidade realizando atividades que passariam despercebidas se não fossem pitorescas demais para ficarem no anonimato.
O que é comum para nós, não á para os visitantes que terminam pagando bem por algo que nem sempre valorizamos ou sequer percebemos. Na praia de Porto de Galinhas tive esta convicção e ficar somente observando os vendedores e artistas que passavam me fizeram criar um pouco de inspiração para escrever um pouco sobre isso aqui no blog.
O que falta muitas vezes em formalidade, sobra em originalidade, pois podemos encontrar pessoas cantando com o dom que Deus lhes deu para improvisar ou até artistas fazendo pequenos artesanatos na hora, utilizando somente palha de coqueiro dobrada, resultando numa linda rosa.
A sobrevivência é algo que merece ser visto e tudo se torna um motivo para ganhar algum dinheiro extra, mesmo que seja dependente da boa vontade das pessoas que percebem tais feitos. Outro fato, menos sutil, é a venda de produtos por preços superfaturados somente pelo aproveitamento da época, do feriadão ou do local que estão sendo vendidos.
Estes vendedores não me atraem e termino ficando agoniado com a falta de senso que possuem quando querem lhe vender algo, que em locais comuns, são vendidos por R$ 1,00, por muito mais do que isso. É como se nos chamassem de idiotas e fizessem pouco do nosso esforço para ganhar o tão suado dinheirinho para a diversão.
A maioria dos locais turísticos apresenta este fator e encontramos desde a chagada os espertinhos que querem "guardar" seu carro por R$ 10,00 quando a via é publica e não deveria ter taxa alguma, pois sempre que voltamos para o local onde estacionamos, o mais difícil é encontrar o guardador, ainda mais quando o dinheiro foi pago antecipadamente.
São imãs de geladeira caríssimas, água com o preço do Deserto do Saara, refrigerante com preço de joia rara e refeições com preços de banquete, embora as poções sejam de mendigos.
As fontes de renda são muitas, mas o aproveitamento e a cara de pau também. Se todos nós não nos submetêssemos tanto, talvez a ficha deles caísse e, assim, percebessem que a realidade é outra bem diferente e que turismo não é sinônimo de exploração.
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