sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Rio Para Não Chorar...

Passei anos querendo vir ao Rio de Janeiro e quando finalmente concretizei este sonho, a chuva e a neblina obscureceram o dia e deixaram a cidade com um aspecto triste e frio. Mesmo assim não perdi tempo e fui visitar os pontos turísticos mais conhecidos e desejados por todos.
Hoje, logo cedo fui conhecer a Lapa e as atrações do centro da cidade, mas o divertimento do dia era conhecer de perto o Cristo Redentor, torcendo para que o tempo melhorasse e que a visão lá de cima fosse realmente privilegiada e bela. O que pude ver foi muito pouco, mas mesmo assim valeu a pena ter visitado um lugar tão belo e cercado por uma mata tão densa e praticamente preservada dentro de uma cidade tão grande e cheia de intervenções urbanas. Imagino como o Rio de Janeiro era quando foi descoberto, pois se ainda hoje preserva esta beleza toda, imaginem quando tudo estava intacto e do jeitinho que a natureza criou?
O que pude perceber também é que a cidade precisa de muitos cuidados, pois notamos um certo descuido com os pontos turísticos e também com a limpeza da cidade, que se apresenta suja em vários lugares importantes de serem vistos, como é o caso da Lapa e seus Arcos famosos. 
A área mais limpinha e organizada são as da zona sul, onde encontram-se as praias mais famosas e alguns cartões postais de luxo. A marginalidade também corre solta na cidade maravilhosa, sendo fácil encontrarmos pessoas vadias e mendigando nas ruas. Outra coisa que percebi aqui é que as pessoas, assim como acontece em Salvador, gostam de usar as ruas como sanitário público e isso termina deixando um cheiro terrível de urina e fezes nas ruas do centro, especialmente.
Gostei de conhecer a Fundição Progresso e o Circo Voador, centros de cultura e que fazem a diferença na história da nossa música. Inclusive amanhã, a Orchestra Santa Massa, grupo pernambucano de grande talento irá se apresentar na Fundição Progresso.
O Cine Odeon fica bem no centro da cidade, assim como o belíssimo Teatro Municipal e outros centros culturais importantes em prédios antigos e restaurados. O famoso Bar Amarelinho estava lotado e aproveitei para almoçar por lá e ainda desfrutar do movimento da Cinelândia que fica logo em frente.
É engraçado conhecer as duas cidades, a Rica e a Pobre, a de Manoel Carlos e a de Acerola e Laranjinha, onde favelas e belas casas se misturam e fazem uma paisagem única e diferenciada, pois mesmo com estas diferenças todas o Rio de Janeiro continua lindo e bem visitado. Em todos os lugares que passei, encontrei muita gente e até um conterrâneo de Garanhuns. Vejam só...
O feriadão ainda não acabou e o Rio de Janeiro ainda tem muito para os meus olhos inquietos.

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