Quando realizamos qualquer tipo de reforma na nossa casa é que percebemos como tudo não passa de um monte de velharias e que só possuem finalidade e beleza se estiverem juntos e harmonicamente organizados e limpos.
Veio a poeira e o quebra-quebra, a sensação é outra.
Tudo parece ser um resto do nada e bastou uma piscadinha para que tudo ficasse feio, cheio de defeitos e precisando de adaptações e ajustes.
O tira daqui e coloca ali, o quebra esse pedaço e coloca o outro, o pinta aqui e coloca uma massinha ali deixam qualquer criatura de cabelo em pé e fazem com que a sensação de desordem mental e material impere em cada um de nós, fazendo com que tenhamos muita dificuldade de lidar com a volta à vida normal após um período de mudanças radicais na nossa casa.
Tudo fica fora do lugar, inclusive nós.
Não encontramos nossos objetos, que foram removidos e ficaram guardadinhos em local seguro até que a poeira baixe e possibilite novamente sua aparição.
E o pior disso tudo é quando estas adaptações ou reformas são feitas em prestações e não só de uma facada certeira e profunda...
Antes sangrar de uma vez do que aos pouquinhos. De uma vez só há a possibilidade de agirmos com mais rapidez e colocarmos em ordem o que ficou desorganizado. A partir do momento que a bagunça começa a ser feita aos poucos, a pane é geral e terminamos nem sabendo por onde começar a organizar o que nem entendemos ao certo se está totalmente pronto ou não.
Não encarem uma reforma aos pedaços ou feita por pessoas descompromissadas com o tempo de conclusão, pois pode ser o início de uma tremenda dor de cabeça, sem que haja remédio capaz de aliviá-la.
É muito ruim quando temos que ficar organizando o que ainda precisa de ajustes necessários para se tornar real. A sensação é de impotência, de estar realizando uma atividade momentânea e que a qualquer momento nos dará o mesmo trabalho de antes, nos fazendo ficar cansados e cheios de raiva.
Se piscar é bom lascar de vez...
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