Ana Cañas lançou neste mês o seu terceiro CD, após um longo e tenebroso inverno de espera. Ela ressurge de forma comedida, tranquila e com músicas melódicas, contrastando com o seu segundo CD, que foi mais roqueiro.
Acho a voz dela perfeita.
Rouca, afinada, sensual. Assim é como posso definir a voz desta ótima cantora e compositora, que sempre tem nos mostrado seu talento e firmado ainda mais o seu nome no cenário musical da MPB, que a cada dia nos mostra mais musas inspiradoras.
É um CD longo, com 16 músicas. Adorei. Acho uma chatice quando um artista passa anos sem lançar nada e quando realmente formaliza um álbum traz 10 músicas, sendo 9 delas regravações. Com Ana não foi assim. Ela trouxe novidades, ótimas novidades.
Os violões são os instrumentos mais usados e as letras falam de amor, separação e dor. Estas palavras refletem bem os sentimentos dos amantes, pois enquanto alguns vivem intensamente o seu momento, outros preferem sofrer e ficar na solidão.
A capa do CD já demonstra um pouco deste momento da cantora, pois a traz de forma serena, como se estivesse dormindo. Calma. Assim também são todas as faixas do álbum e saibam que ninguém irá perder seu tempo se dedicar um pouco da sua atenção para degustar cada momento das melodias bem cantadas e pronunciadas, pois numa das faixas ela até canta uma música em francês, com sotaque rebuscado e cheio de notas.
Para quem começou timidamente e com músicas pouco populares, tenho certeza que aos poucos a artista irá ficar mais conhecida do grande público e com isso permanecer no estrelato onde é o seu lugar de honra. Algumas vozes marcam para sempre e Ana Cañas está incluída neste time que só faz o Brasil ter orgulho das suas cantoras, que a cada dia se mostram mais e fazem bonito em todas as ocasiões.
Não vou citar faixas e nem as que gostei mais, pois pelo que percebi, o CD vai ficando mais doce e mais gostoso a cada audição. É essa a sensação que desejo para todos vocês.
Voltar a escutar o CD sempre é bom, essencial, primordial.
Volta.
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