quarta-feira, 25 de julho de 2012

Preços Abusivos

Observando os preços cobrados em locais festivos e também em points da moda, percebemos que o abuso nos preços é algo comum e termina fazendo com que fiquemos refletindo sobre o lucro e também pelo excesso sem necessidade, já que isso só nos mostra uma forma desumana de chamar as pessoas de idiotas.
Podemos encontrar, por exemplo, um simples pacote de pipoca vendido por três ou quatro vezes o preço normalmente praticado nos dias normais. A disparidade é justificada por vários motivos e os mais comuns são os custos operacionais e serviços oferecidos que possuem determinados estabelecimentos , mas o que falar de um pipoqueiro de rua que somente por estar numa festa de grande porte oferece um pacotinho de R$ 1,00 por R$ 3,00? Ele continua com o mesmo carrinho e a quantidade de pipoca continua a mesma, só está diferente o preço. Até a falta de higiene é a mesma...
Encontrar uma garrafa de refrigerante ou de cerveja bem acima do preço convencional é comum nas praias e festas e isso termina sendo algo ruim para o turismo que fica com um aspecto corrosivo e desonesto, como se todo visitante fosse obrigado a pagar mais por algo que nem vale aquele montante. Ontem vi uma canga em Porto de Galinhas e perguntei o preço, que logo foi dito pela vendedora: R$ 35,00. Mais adiante, em outro local, encontrei o mesmo produto por R$ 20,00. Era uma variação de R$ 15,00 e só precisava que eu andasse alguns metros para me deparar com a surpresa. O que motivou tamanha disparidade?
A vendedora que estava vendendo por R$ 35,00, estava com os seus produtos expostos num local de alta movimentação e era o point de Porto de Galinhas, onde as pessoas compravam seus passeios para os arrecifes. A outra vendedora não estava tão bem localizada. Havia, porém, uma diferença grandiosa: A vendedora do produto mais caro só vendia à vista e não aceitava qualquer tipo de cartão ou débito, pois vendia seus produtos na rua, numa barraquinha. A outra, que vendia mais barato, aceitava débito e crédito, além de receber seus clientes numa lojinha e não no meio da rua.
Qual das duas tem o maior custo operacional? Qual delas tem parte da sua venda revertida em comissão para as administradoras de cartão de crédito? A resposta é bem óbvia, mas o que não consegui entender ainda foi a variação tamanha de preço sem motivo aparente. Até a variedade da que estava vendendo mais barato era maior.
Fica a lição.
Eu prefiro não em deixar explorar e não vou comprar algo somente porque é bonitinho ou está na moda, no local mais badalado da cidade. Ou quem sabe comer uma pipoca caríssima somente para tapear a minha fome, que nem sempre é real e não passa de um faniquito de ocasião. Precisamos perceber melhor estes detalhes para nãos sentir no bolso o furo da exploração desordenada. Depois essas pessoas reclamam quando os turistas ficam distantes e o movimento cai. Só pode, pois com estas atitudes, só quem queima dinheiro vai cair na armadilha.

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