Observando os preços cobrados em locais festivos e também em
points da moda, percebemos que o abuso nos preços é algo comum e termina
fazendo com que fiquemos refletindo sobre o lucro e também pelo excesso sem
necessidade, já que isso só nos mostra uma forma desumana de chamar as pessoas
de idiotas.
Podemos encontrar, por exemplo, um simples pacote de pipoca
vendido por três ou quatro vezes o preço normalmente praticado nos dias
normais. A disparidade é justificada por vários motivos e os mais comuns são os
custos operacionais e serviços oferecidos que possuem determinados
estabelecimentos , mas o que falar de um pipoqueiro de rua que somente por
estar numa festa de grande porte oferece um pacotinho de R$ 1,00 por R$ 3,00?
Ele continua com o mesmo carrinho e a quantidade de pipoca continua a mesma, só
está diferente o preço. Até a falta de higiene é a mesma...
Encontrar uma garrafa de refrigerante ou de cerveja bem
acima do preço convencional é comum nas praias e festas e isso termina sendo
algo ruim para o turismo que fica com um aspecto corrosivo e desonesto, como se
todo visitante fosse obrigado a pagar mais por algo que nem vale aquele
montante. Ontem vi uma canga em Porto de Galinhas e perguntei o preço, que logo
foi dito pela vendedora: R$ 35,00. Mais adiante, em outro local, encontrei o
mesmo produto por R$ 20,00. Era uma variação de R$ 15,00 e só precisava que eu
andasse alguns metros para me deparar com a surpresa. O que motivou tamanha
disparidade?
A vendedora que estava vendendo por R$ 35,00, estava com os
seus produtos expostos num local de alta movimentação e era o point de Porto de
Galinhas, onde as pessoas compravam seus passeios para os arrecifes. A outra
vendedora não estava tão bem localizada. Havia, porém, uma diferença grandiosa:
A vendedora do produto mais caro só vendia à vista e não aceitava qualquer tipo
de cartão ou débito, pois vendia seus produtos na rua, numa barraquinha. A
outra, que vendia mais barato, aceitava débito e crédito, além de receber seus
clientes numa lojinha e não no meio da rua.
Qual das duas tem o maior custo operacional? Qual delas tem
parte da sua venda revertida em comissão para as administradoras de cartão de
crédito? A resposta é bem óbvia, mas o que não consegui entender ainda foi a
variação tamanha de preço sem motivo aparente. Até a variedade da que estava
vendendo mais barato era maior.
Fica a lição.
Eu prefiro não em deixar explorar e não vou comprar algo
somente porque é bonitinho ou está na moda, no local mais badalado da cidade.
Ou quem sabe comer uma pipoca caríssima somente para tapear a minha fome, que
nem sempre é real e não passa de um faniquito de ocasião. Precisamos perceber
melhor estes detalhes para nãos sentir no bolso o furo da exploração
desordenada. Depois essas pessoas reclamam quando os turistas ficam distantes e
o movimento cai. Só pode, pois com estas atitudes, só quem queima dinheiro vai
cair na armadilha.
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