Muito e Pouco

Esta semana fiquei só acompanhando as notícias e verificando como as pessoas perdem tempo falando de assuntos que não acrescentam nada ao nosso desenvolvimento, além de serem fruto de atitudes imbecis e que buscam somente a promoção exagerada de pessoas e de programas de TV, que por natureza já nos deixam em pânico com os seus quadros sem graça nenhuma e que só constrangem as pessoas.

Quando um mísero corte de cabelo se torna assunto nacional é hora de pensarmos no que realmente vale para nós, pois se estamos dando tanto alarde a um assunto desses é porque o nosso vazio cultural está acima da média e não temos nada melhor para pensar ou refletir. Será que vale a pena isso tudo?

Eu acho tão pouco...

Pouca consciência das reais necessidades dos brasileiros e valorização exaustiva daquilo que nem deveria ter destaque, pois são atitudes tão corriqueiras e sem fruto que nos deixam abismados e sem entender o que realmente se passa pela cabeça das pessoas que perdem tempo divulgando este tipo de manchete em vários meios de comunicação importantes, como jornal, TV, internet e revistas especializadas.

Será que dariam a mesma importância para os escândalos que envolvem somas gigantescas de dinheiro e que ferem a ética de todos nós, brasileiros. É comum verificarmos que tais notícias do tipo são prontamente abafadas, pois envolvem gente importante e fazem com que muitos outros podres sejam descobertos, comprometendo a integridade da Nação e a confiança que todos nós depositamos nela.

A maioria das pessoas vive online 24 horas por dia para buscar na internet o que não presta e divulgar para um milhão de pessoas, por e-mail ou redes sociais. Muitas vezes fico pensando como conseguem passar tanto tempo repassando besteiras, pois a quantidade de informação que enviam demanda tempo e bem que este poderia ser utilizado de uma forma mais adequada e proveitosa. Toda informação é bem-vinda, mas quando damos valorização exagerada ao ordinário, comprometemos a nossa capacidade de pensar e de fazer ações realmente agradáveis e que satisfaçam as nossas necessidades, nos fazendo aprender e repassar, também, conhecimento para os outros que estão sempre interagindo na nossa vida.

Nada é em vão, mas a partir do momento que ficamos à mercê do que é pobre de informação, mas rico em abobrinhas, terminamos contaminando a nossa mente e deixando ela preguiçosa demais para pensar no que realmente vale a pena e merece a nossa atenção.

Pensar melhor não faz mal a ninguém...