segunda-feira, 19 de março de 2012

O Leão e o Imposto de Renda

É incrível como a nossa tarifação de impostos é desordenada e injusta, pois os percentuais praticados para o desconto do Imposto de Renda deixam toda a população que recebe salários medianos com grande dificuldade para entender o desconto efetuado e também a finalidade que tanto dinheiro deverá ter, pois verificamos que os valores que saem do nosso bolso são inversamente proporcionais aos efeitos causados nos benefícios sociais. Até o mês de Abril, as pessoas estão realizando o ajuste de contas com o Leão do Imposto de Renda e uma rápida verificação da declaração já nos mostra que só tem um pouco de vantagem na restituição quem tiver filhos e muitos gastos para comprovar.
Os solteiros geralmente ficam no prejuízo e pagando uma conta bem mais elevada do que deveriam, pois o total de descontos efetuados durante o ano nem sempre são restituídos devido aos gastos que são bem diferentes de uma pessoa casada e que possui filhos e outras despesas para declarar. Entendo que a tributação deveria ser feita de acordo com o cadastro em folha e que desde o início do desconto o valor cobrado já fosse o real, considerando todos os descontos previstos com os dependentes. Após esta etapa, a prestação de contas deveria ocorrer para o saldo residual, onde as pessoa prestariam conta dos outros gastos como: educação, pensão alimentícia, doações, despesas diversas e financiamentos. Este saldo seria bem menor e as pessoas não sofreriam duas vezes, uma mensalmente e outra na prestação de contas.
O saldo a pagar, se houvesse, seria pequeno e não faria tanto efeito nos bolsos dos brasileiros que sofrem nesta época quando vão efetuar suas declarações de renda, além do mais se forem pessoas desorganizadas e não tiverem o costume de guardar os comprovantes ou outros documentos necessários para a efetivação do procedimento, que é ágil e conta com um programa de fácil manuseio, mas que pode se tornar um bicho para aqueles que não tem muita afinidade com números, computador ou internet.
A melhor opção é fazer a declaração logo cedo e deixar sempre disponíveis os documentos que vamos acumulando durante o ano, pois certamente nos ajudarão a entender melhor o grande aparato de siglas e significados que a declaração do imposto de renda pode nos apresentar. O pior é ter que declarar informações erradas e ter que cair na malha fina, tendo que prestar contas novamente das informações que não foram repassadas corretamente e que geraram desconfiança por parte da Receita Federal.
Muitos caem na malha fina por declararem informações erradas na ânsia de não ter que pagar mais nada ao Governo e isso termina se tornando uma prática bem mais comum do que imaginamos e demonstra o cansaço da população que não quer mais sofrer com tantas taxas e impostos cobrados de forma pesada e sem aplicação devida e proveitosa para o bem de toda a população. Por outro lado, existem os falsários que enganam o leão e terminam saindo ilesos com as suas prestações irregulares. Se o correto é prestar contas, pagar ou ser restituído, que assim seja.
O que precisamos é ter uma forma justa e mais adequada para sermos tarifados e evitar a sensação horrível de assalto que comumente nos deparamos diariamente.

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