Quando vi estes rolinhos de cana nas ladeiras de Olinda, lembrei do tempo que era criança, pois lá em Garanhuns esta iguaria era vendida nas ruas e consumida por muitos. O caldo também é muito gostoso e tomado geladinho, com pitadas de limão, não tem igual. Se vier acompanhado de um pão doce, melhor ainda. A glicose agradece...
Mas o que pensei também foi sobre a doçura da vida e também a forma que ela se apresenta dura e algumas vezes seca demais para os nossos esforços que terminam sendo em vão. Até para nos divertirmos, precisamos de uma carga de energia e disposição e não há momento bom que não necessite de um esforço, uma dedicação para que aconteça de forma plena e agradável.
Cada um de nós sabe o caminho que deve trilhar e a partir das nossas escolhas é que percebemos se será doce ou não. Algumas vezes nem provamos determinadas situações de vida por medo ou por já acharmos que conhecemos demais o que existe por aí, mas nos enganamos porque nada sabemos desta vida que a cada dia é mais intrigante e consegue nos deixar sem fôlego por alguns momentos.
Hoje fui bem cedo para Olinda, pois o meu intuito era ver o carnaval e não me acabar com ele. Voltei quando todos estavam indo e tive um dia espetacular. Escolhi ótimos recantos para ficar e ver todo o movimento sem preocupação, agitação e aglomeração. Fiz tudo que eu queria e provei o doce de uma festa que para muitos termina se tornando amarga e cheia de acontecimentos ruins. O carnaval é lindo, mas precisa de contenção para não se tornar uma festa profana demais e com isso amargurar a vida de muita gente que não percebe que outros carnavais ainda virão e que os três dias deste ano não precisam comprometer a sua vida e felicidade, e, claro, a doçura.
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