Quem paga o pato é geralmente quem não tem condições de provar a sua inocência ou quem sabe competência para realizar ações que não deixem arestas e que possibilitem que os imbecis possam lhe incriminar de algo que não tem um pingo da sua culpa.
O pato sai nadando e causa um barulho danado, fazendo com que as nossas mentes fiquem cheias e sem condições de assimilar mais nada, fazendo com que o nosso semblante só demonstre um único perfil, o do cansaço.
O bico afiadinho do pato faz com que alguns arranhões fiquem em nós, causando dor e decepção quando o sentimento deveria ser de alívio e satisfação. O pato pode ser amarelinho, bonitinho, mas neste caso o infame é preto, feio e cheio de probleminhas ocasionais.
Não gosto de pagar um pato que parece mais uma bomba explodindo nas minhas mãos e ainda mais quando não tive contribuição alguma para que a trapalhada fosse feita, onde quem termina dançando no picadeiro com o nariz vermelhinho são aqueles que não pensaram rapidamente numa solução para uma bronca iminente e que se fosse ajustada no tempo certo não seria um problema tão grande e aparentemente sem solução.
A lagoa do pato é funda e geralmente ele se afoga na lama. Tirá-lo de lá é difícil, mas conseguimos, com muito esforço, dedicação e paciência e, principalmente, com uma cara lisa de quem comeu jiló pensando que era quindim.
E o milho do patinho? Ele tem que engolir inteiro e fazer com que os ácidos gástricos dissolvam aquilo que nem era para ter descido de goela abaixo, mas desceu e saiu rasgando tudo.
Eu acho que ele engoliu foi um sapo com sal.
Quem paga o pato?
Na vida, todos nós pagamos. Eu, você, todos nós.
Quem não pagou que levante o dedo, pois eu vou chamar de mentiroso.
PS - No final de tudo, o pato fica com uma cara de paisagem, de óculos escuros e vendo tudo com um olhar lateral e distante.
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