Hoje escutamos falar muito nas seleções de pessoas e também em outras situações que tal candidato tem “O Perfil Adequado para a Vaga/Atribuição”, mas esquecemos de notar que este só será medido definitivamente quando as atividades lhes forem direcionadas e quando estas puderem mostrar a sua real capacidade e motivação para o trabalho. As seleções que encontramos são cada vez mais padronizadas e não buscam investigar aspectos importantes da vida e das atitudes das pessoas, que nem sempre mostram o que são numa entrevista ou fazem um tipo imaginário para conquistar os recrutadores.
Perfil adequado tem aquela pessoa que não se atrasa, procura sempre estar aprendendo novas atividades, é criativo, tem iniciativa, não fofoca, evita falhas e que, principalmente, tem respeito pelo próximo e com isso faz com que os seus relacionamentos sejam duradouros e cativantes.
O que percebo atualmente é que as pessoas estão cada vez mais indispostas para o trabalho e querem, na verdade, fazer um tipo ou manter um status que não existe. Não se identificam com determinadas atividades ou fazem delas somente uma forma de conquistar facilidades ou holofotes na vida cotidiana.
Já conheci pessoas que nas entrevistas foram adequadas ao cargo e com isso puderam ser contratadas, mas que em pouco tempo tiveram a máscara desbotada pelo excesso de brilho que queriam passar e que terminou cegando todas as pessoas ao seu redor. As promoções internas deveriam ser usadas justamente para isso: para valorizar os talentos internos e procurar os perfis mais adequados dentro da empresa e só buscar fora o que não fosse possível encontrar ali mesmo, nos corredores da empresa.
Vi pessoas serem contratadas a peso de ouro e isso causou um mal estar muito grande para aqueles dedicados que já estavam buscando melhorias ou alguma promoção pelo seu desempenho. Alguns suportam esta situação por muito tempo e se jogam no mercado e buscam fora de casa o que não conseguiram encontrar para o seu conforto e satisfação.
Perfil é algo manipulável num primeiro momento e somente seremos capazes de saber a real adequação de uma pessoa para determinada atividade se pudermos destinar um pouco do nosso tempo para verificar o que mais favorece o seu desempenho no cotidiano e que realmente faz a diferença na hora de uma avaliação adequada de um trabalhador.
As seleções não deixam de ser inúteis por causa disso, mas se usarmos perguntas que investiguem situações concretas e não somente hipóteses, teremos uma possibilidade de entender melhor aquelas pessoas que estão dispostas a vir trabalhar na nossa empresa e que com um sorriso perfeito e sem mácula nos cativam para depois nos colocarem em apuros, sem nos dar o retorno que esperávamos ter.
Diariamente as pessoas devem provar que tem o perfil adequado aos cargos e este nunca deixa de evoluir e de assimilar novas característica necessárias para o sucesso e bom desenvolvimento pessoal.
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