Estava assistindo ao seriado Dexter e me veio na cabeça esta frase do título da postagem, que é de uma música da cantora Marisa Monte. A verdade que ela nos traz é realmente grandiosa, pois se analisarmos a personagem do seriado, Dexter Morgan, veremos que ele é uma pessoa boa, sem maldade ou sentimentos ruins, mas mesmo assim é um serial killer que tira das ruas pessoas que são perversas e não contribuem para a boa convivência em sociedade.
Não que todos nós devamos sair matando todos aqueles que nos fazem mal, mas duvido que pelo menos alguma vez na vida não tenhamos alimentado um sentimento ruim ou um desejo de maldade por alguma pessoa, desejando, inclusive, que ela desaparecesse do mundo e nos deixasse em paz. Quantas vezes ao assistir um filme ou uma novela já vibramos com a morte de uma personagem que só causou o mal?
Isso não significa que somos ruins, mas que por se tratar de uma situação que envolve a dramaticidade, podemos ter mais liberdade para expressar nossos sentimentos e com isso reverter nossa mágoa para a morte ou punição mais severa. Na vida real, certamente nem todos nós teríamos este sentimento, porque saberíamos que o resultado seria uma catástrofe e nos causaria muitos danos, inclusive uma condenação judicial pelo nosso ato falho.
Todos nós temos ótimos sentimentos, como também poderemos ter péssimos desejos que sempre buscarão um alívio imediato dos nossos problemas. Não devemos ficar apreensivos com os pensamentos ruins que ficaram na memória e que não foram realizados, mas sim com aqueles que não tivemos a capacidade de conter e de transformar em bons sentimentos, evitando o mal e deixando nossa vida com uma ótima impressão, em todos os momentos.
Administrar os sentimentos é algo muito difícil e eu confesso que nem sempre consigo conter minha raiva em algumas situações. Já tive péssimos desejos por pessoas que convivi, como também já pude transformar estes pensamentos em coisas melhoradas no futuro. Tudo depende do tempo e da forma como tratamos as situações. O que quero deixar claro é que todos nós somos bons e ruins e a educação que temos desde cedo é a que nos limitará nas realizações de atitudes impensadas e sem fundamento positivo. Todo ser humano pode fazer tudo, inclusive matar, mas o que evitará que ele tome esta decisão é a formação que teve e também um ajustamento psicológico bem definido e sem traumas de infância que o façam atuar de forma irregular e contrária aos bons princípios da sociedade.
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