Nestes últimos dias, a chuva amenizou aqui no Recife e região e podemos agora ver os resultados de um período de grandes destruições onde muitas pessoas perderam suas casas e bens, novamente.
As ruas do Recife estão cada dia piores, pois agora andamos em buracos e de vez em quando caímos na pista. É impressionante como as crateras lunares estão cada dia mais evidentes e comprometem o trânsito e paciência das pessoas. Carros danificados nas ruas são outra realidade e quem lucra com esta história são as oficinas que estão cada dia mais lotadas.
Falei com amigos e amigas que moram em Palmares, Catende e Água Preta, cidades atingidas e que se encontram em estado de calamidade pública, e eles me falaram que a situação, apesar de ruim, foi bem melhor que a do ano passado já que este ano algumas áreas não foram atingidas e as que sofreram tiveram menos estragos.
O que é bem marcante em todos eles é a tristeza de ter todo o esforço indo por água abaixo e o cansaço de ficar arrumando algo que depois será novamente deteriorado. A lama toma conta das casas, sendo difícil salvar os móveis ou colocá-los em locais mais altos porque o nível da água sobe tão rápido que compromete tudo e deixa um saldo bem negativo nas casas das pessoas que terminam ficando sem nada e tendo que reconstruir uma vida que ainda estava em construção, pois há 11 meses esta era a realidade em todos estes municípios.
Não tive problemas na minha rua e as águas que me incomodaram estavam no percurso casa-trabalho-casa e isso já é uma grande agonia, uma vez que tenho que sair bem mais cedo de casa e contar com uma ajuda de São Pedro para amenizar nas águas e com isso evitar um desgaste na volta para casa.
É difícil não ficar com a casa com cheiro de mofo e com muitas roupas molhadas esperando pelo calor do sol. As chuvas são necessárias, mas quando acontecem em grande quantidade e em locais que não possuem estrutura, o dano é lamentável e só traz preocupações.
Estamos indo...
Ainda chove, mas bem menos do que na semana passada.
Agora é organizar a vida, levantar a cabeça e seguir em frente nesse mar de grandes tormentas.
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