Tudo tem o seu nome certo, mas algumas pessoas exageram nas denominações de determinadas coisas, profissões, pessoas, lugares e terminam causando uma desordem danada na cabeça das pessoas e com isso comprometendo até o entendimento do que realmente querem dizer com tantas palavras difíceis e sem muita compreensão para a maioria das pessoas.
As várias formas de dar outros nomes a coisas já bem denominadas desde os tempos passados, é um vício que muitas vezes envolve a utilização de língua estrangeira para mudar um vocabulário só nosso. Outras vezes a denominação é usada para dar um tom de deboche a algo que está geralmente associado à algazarra e bagunça, como é o caso das cachaças que fotografei e que estão na foto acima.
Esta semana vi na tv uma "Personal Capilar Design" que nada mais era do que uma cabeleireira. Outra vez vi um "Personal Pet", que nada mais era do que um veterinário. Em outra reportagem, vi uma "Personal Gestante", que nada mais era do que uma enfermeira. Vejo anúncios para "Pessoas com Necessidades Especiais", que nada mais são do que portadores de deficiência. Os negros se qualificam de "Afro Descendentes", quando alguns deles nem sabe onde fica a África. Num salão aqui perto de casa tem uma "Design de Unhas" que nada mais é do que uma manicure.
Olhe... Me economize!!
Na maioria das vezes as pessoas querem aparecer e mostrar um perfil que não possuem, pois nem sempre a manicure com o nome em inglês é a que faz a unha com mais precisão e evita os bifes que deixam qualquer dedo inflamado. Eu prefiro sempre chamar tudo pelo seu nome certo e evitar essa frescura de ficar qualificando tudo com nomes estrambóticos e que só comprometem a nossa paciência.
Se podemos usar a nossa língua natal para qualificar tudo e ela permite isso, por que iremos ficar o tempo todo usando atribuições tão desnecessárias como a maioria dos profissionais que se encondem atrás de uma descrição mal feita dos cargos que ocupam?
Vamos assumir nossas denominações e nos qualificar como tal e evitar esse joguinho de palavrinhas bonitas para enganar os bobos, que contratam os serviços ou compram os objetos disponíveis no mercado não pela competência, mas pelo nome mais incrementado que enxergam.
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