Está em cartaz no Recife o Circo Internacional Portugal e ele me fez lembrar dos meus tempos de criança lá em Garanhuns, quando sempre ia ao circo no Parque Euclides Dourado, que era o palco das grandes atrações e de certa forma continua sendo.
É um circo bem estruturado, versátil, com boas atrações. O que deixou a desejar são os preços salgados das pipocas, doces, refrigerantes e outras armadilhas para o nosso bolso já tão cansado de guerra.
Quem tem filhos, sofre...
Fora isso, o espetáculo que tem duas horas de duração, apresenta ótimas performances de mágica, força, malabarismo e trapézio. Não gostei dos palhaços, pois os achei apagadinhos demais e sem muita interação com o público. O ponto alto do espetáculo é o globo da morte que traz seis motoqueiros num círculo de aço, girando freneticamente e em alta velocidade. Lindo de se ver e emocionante.
Não há animais e todas as atrações buscam cativar o público pelo apego à técnica e ao conjunto de pessoas que fazem de todos os quadros momentos de grande diferencial e harmonia, já que não há pausas e todas as sequências são bem estruturadas e feitas para não deixar o público ansioso pela próxima aparição dos artistas.
Figurino muito bonito e todos demonstravam bem o espírito das pessoas que os usavam, já que é muito importante o repasse da emoção e da técnica através de uma roupa adequada e que ajude o artista a desenvolver bem o seu trabalho.
Só achei que o rock pesado que era tocado nos números de mágica poderiam ser amenizados, pois tornava meio angustiante as cenas de maior precisão e desaparecimento de pessoas. Tudo é essencial ao bom espetáculo, mas tenho certeza que o recado foi dado e que a satisfação das pessoas foi comprovada nos aplausos que foram dados de forma muito espontânea a todos os artistas que estiveram se apresentando.
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