O que você faria se, de repente, o seu liquidificador começasse a falar manifestando opinião sobre a sua vida e falando altas filosofias?
Pois bem, esse é o enredo nada convencional do filme "Reflexões de um Liquidificador" que está em cartaz aqui no Recife há algumas semanas mas só agora tive a oportunidade de assistir, já que a cada dia que marcava para ir, acontecia um imprevisto.
O filme é interessante, provocativo e mostra ótimas interpretações para o que pareceria muito óbvio se não fosse feito por profissionais do ramo. Selton Mello faz a voz do eletrodoméstico e isso já é um diferencial já que ele tem um jeito engraçado de falar, ainda mais se for apoiado pela imagem de um ser aparentemente sem vida, como o liquidificador.
Ana Lúcia Torre interpreta uma dona de casa complicada, cheia de neuras e que tem um psicólogo de plantão, o liquidificador.
Muitas pessoas usam outras coisas como meios de conseguirem colocar para fora seus problemas e isso é uma forma de soltar um pouco a grande carga de neuroses que todos nós estamos sujeitos e podemos encontrar facilmente no nosso cotidiano.
Se não buscarmos soluções inteligentes para as nossas loucuras poderemos ficar como a personagem do filme e com isso ficar conversando com os mais diferentes objetos que encontrarmos. As reflexões que devemos ter na vida precisam ser baseadas nas nossas vivências e não adianta ficarmos tentando inventar a roda, quando a solução é muito breve e totalmente visível.
Se fechamos os olhos para as pessoas e para os problemas, ficamos sem saber diferenciar o que é humano do que é objeto e isso acomete todas as nossas forças, nos proporcionando reflexões nada satisfatórias de nós mesmos.
Liquidifique seus pensamentos e manifeste sua opinião mais facilmente, pois terá chance de diluir tudo que absorveu de forma grosseira, transformando numa forma mais maleável de entender a vida e de mostrar os resultados que são possíveis obter.
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