A Fenearte deste ano tem muitas novidades e mostra aos visitantes pedaços da nossa cultura e da nossa criatividade retratada através dos artesanatos, comidas, roupas e tudo que possa refletir um pouco do que temos capacidade de fazer a partir de objetos inusitados ou pelos meios mais convencionais.
Me encantei com algumas imagens sacras e fiquei muito feliz em saber que o artesão era de uma cidade pertinho de Garanhuns. Ele era de Jupi. Perfeitas obras e o detalhe das pinturas envelhecidas davam todo o diferencial às obras que tinham preços a partir de R$ 2.000,00.
Encontrei vários artesãos de Garanhuns e todos eles tinham obras lindas e sofisticadas para mostrar. Uma beleza sem fim. Pude rever as obras do Espedito Seleiro, que com suas sandálias e bolsas mostravam muito estilo e beleza. Havia uma área destinada aos artesanatos de outros países e todos eles refletiam um pouco da sua tradição e com isso misturavam um pouco das suas raízes às nossas.
A quantidade de pessoas impressiona e em algumas áreas ficava até difícil caminhar tranquilamente para obeservar o que nos é apresentado.
O que mais me deixou impressionado não foi a beleza das obras e sim a ousadia de uma falsa baiana, digo falsa baiana porque era um homem travestido de baina vendendo acarajé por R$ 7,00 cada um. Me deu vontade de perguntar a ele se na minha testa estava escrito " idiota".
As pessoas perdem a noção do valor das coisas e não se dão conta dos absurdos que cometem e dos preços excessivos que cobram por serviços ou por obras que não valem tanto assim. O santo barroco valia cada centavo, mas o acarajé não.
Era bem mais saudável comprar um bolo Souza Leão inteiro na barraquinha ao lado por R$ 4,00.
Encontrei algumas coisas legais e vim para casa com enfeites para minha casa; os preços não foram altos e considero que fiz boas compras. Achei pessoas razoáveis na hora de valorizar suas obras, pois não basta exibir a arte, ela também deve ser acessível ao consumidor.
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