As fortes chuvas que castigaram Pernambuco nos últimos dias me fizeram refletir um pouco sobre a nossa fragilidade diante das forças da natureza e como elas a cada dia nos mostram o seu poder transformador e também destrutivo.
No dia 18/06/2010 viajei para Garanhuns e fui pela estrrada que passa em Palmares (foto) para ganhar tempo, já que é caminho do local onde trabalho. No meio da viagem me deparei com a destruição, pois o rio havia transbordado e feito uma ponte cair, impedindo que a passagem fosse feita pelas pessoas e carros.
Voltei e peguei um atalho que me levou a BR 232, que dá acesso à Caruaru e por lá estava mais tranquilo e sem problemas para a viagem, apesar da chuva estar muito forte e dificultando o trajeto para a minha casa.
Viajei tenso, mas muito confiante e sabia que chegaria em Garanhuns são e salvo e que as calamidades que havia encontrado não estariam na minha terra natal. Foi isso mesmo que aconteceu. Por ser uma cidade alta, Garanhuns foi privilegiada e não teve problemas maiores por causa das enchentes. Nem rio passa por lá.
Encontrei minha família feliz e muito protegida.
Aqui no Recife o caos imperou durante dois dias e voltar para casa e sair para o trabalho se tornou uma tarefa que remetia ao medo e a tensão. Em vários locais da cidade existiam alagamentos e muitos deles impossibilitavam a passagem, colocando em risco o patrimômio público e privado.
É o retrato que a semana nos mostrou e que registro aqui no blog. Evito temas ruins, mas dessa vez não deu para evitar, pois o problema afeta não só as pessoas que moram nas cidades afetadas, mas a todos nós pernambucanos que somos solidários com os nossos conterrâneos.
Tenho amigos que tiveram suas casas submersas pelas águas e perderam tudo que tinham. Agora buscam um recomeço cheio de lembranças ruins, mas com muita esperança no coração.
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