Engolir um sapinho algumas vezes é normal, mas é bem mais fácil digerir quando ele não teve aquela pitada de sal que o fez inchar e ficar difícil de descer garganta abaixo.
Nem todos nós temos temperamento moderado para engolir os desaforos que muitas pessoas nos apresentam, mas confesso que na maioria das vezes é melhor explodir um pouco e cuspir o sapo na cara de quem lhe afetou, pois assim você pode dividir um pouco do veneno e daquele líquido que ele expira e que pode até cegar os mais desavisados.
Não estou instruindo ninguém a andar com uma pistola 38 a ponto de bala para atirar no primeiro que aparece na sua frente, mas estou falando que é necessário sabermos nos defender das ofensas que recebemos e jamais permitir que nos façam de besta. Cuspir fogo como um dragão não vale a pena pois vai queimar além das pessoas que lhe fizeram mal as outras que estão por perto.
O ideal é saber ponderar a raiva e deixar que ela seja mostrada de maneira uniforme e sem muitos altos e baixos. A percepção da nossa raiva e o entendimento dela é o que nos faz seres mais evoluídos e possibilita que sejamos sempre soberanos nas nossas atitudes e nunca permitindo que sejamos massacrados em vão.
Os sapinhos são até benéficos para nos ensinar a humildade em alguns momentos, mas quando a evolução é demasiada e só nos aparecem sapos bois, então é hora de verificar em que pântano você está andando e quais são as criaturas que o cercam e que fazem você afundar cada dia mais na lama.
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