Muitas coisas ou pessoas tem para nós um valor incontestável e incalculável, mas muitas vezes esses valores se perdem com o passar do tempo, pois vamos descobrindo que algumas coisas não são tão importantes para as nossas vidas e que algumas pessoas não são tão preciosas como parecem.
O fato de se tornarem miçangas da noite para o dia está na valorização que iremos aprender a dar a tudo que nos rodeia e isso será medido pela nossa percepção diante da vida e das pessoas. Muitos relacionamentos começam afetuosos, cheios de vida e com o passar do tempo perdem o brilho e se tornam cristais de vidro, cheios de arranhões.
Como pode algo que era tão bom perder o valor de uma hora para outra?
Acredito que o valor pode ser perdido num momento rápido, mas geralmente ele se perde com o passar do tempo sem que seja muito notável para nós. Num dado momento estamos ali com uma pedra que era preciosa, mas ficou sem valor.
Por que as pessoas não adotam o padrão de lapidação de pedras e procuram sempre trabalhar suas gemas até deixá-las num patamar de grande valor e com isso ir a cada dia mais valorizando-as?
Pelo simples motivo de não terem paciência de esperar que as pedras adquiram o brilho e se tornem lindas. Preferem que já venham perfeitas e cheias de brilho.
Há também os momentos em que lapidamos as pedras brutas, mas elas insistem em ficar opacas e nunca mudam sua forma de se mostrar para o mundo e para os relacionamentos que tem. Estas devem ser colocadas no seu local de origem para que aprendam o real sentido da vida e da valorização dos afetos.
Muitas preciosidades parecem ser caras e dignas de admiração, mas não passam de pedras falsas, cujo valor de mercado está bem abaixo daquilo que desejamos ter.
Se o relacionamento é investimento, vamos investir em pedras que valham a pena e que realmente mereçam nosso tempo destinado para a boa preservação dos mais altos padrões de pureza e valor.
A Miçanga é até mais reluzente que a pedra original, mas o seu valor está bem abaixo do brilho verdadeiro, que é a Felicidade.
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O texto de hoje foi inspirado na música Orangotanga, do Chico César.
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