Ontem na Praia de Tambaba, vi este anúncio com um erro básico na palavra "Caldinho", que foi escrita com "u" ao invés do "l". O sabor estava ótimo, mas o erro do anúncio me embrulhou o estômago. É normal errarmos palavras no nosso cotidiano, uma vez que a nossa língua não é nada fácil de ser escrita e falada, mas em alguns momentos encontramos alguns exageros.
O anúncio da praia foi escito por um senhor de pouca instrução e o coloquei aqui para servir de exemplo para o que desejei falar hoje, que é a constante falta de esmero com a nossa escrita, mesmo por pessoas que tiveram muito acesso aos mais diferenciados meios de aperfeiçoamento existentes no mercado educacional.
Vejo pessoas com pouca instrução, mas que tiveram curiosidade para aprender e por isso erram menos e cometem menos gafes na hora de usar a língua portuguesa. Encontro professores que deveriam dar show na hora da escrita e da fala, mas que são verdadeiros vexames quando usam o nosso dialeto tão amado e rico.
Como disse Caetado: Minha Pátria é minha Língua (...)
É mesmo. Se não valorizarmos nossa língua, como seremos dignos de sermos chamados de brasileiros? Como será a nossa expressão verbal e como teremos meios de competir com o mundo que nos cerca e nos cobra tanta especialização e esmero em tudo?
Será que nascemos falando e escrevendo tudo certinho?
Minha sobrinha tem sete anos e escreve bem melhor que muita gente adulta. Tem letra caprichada, uniforme, contínua e já efetua boas conjugações verbais sem que tenha que ficar perguntando para a professora. Ela nasceu assim? Claro que não.
Está sendo moldada para isso e muitos pais não observam que sua contribuição é essencial para que isso se torne realidade e para que os adultos do futuro sejam capazes de nos mostrar um mundo comunicativo de forma correta e que não impossibilite o entendimento das frases e das orações.
Quantas vezes você já leu uma frase e não entendeu nada da mensagem que queria ser passada?
Eu já me deparei com várias situações como esta e confesso que quando comparei a frase com a pessoa que escreveu, fiquei ainda mais decepcionado. Ela aparentemente teria chances de escrever algo infinitamente melhor e mais elaborado, evitando o desgaste dos meus neurônios.
Vou usar uma frase da Zélia Duncan para fechar o texto de hoje e ela refelte muito do que queria passar para vocês e espero que tenha conseguido, pois senão ficarei, também, enquadrado no rol de pessoas impossibilitadas de escrever algo produtivo e com bom entendimento.
" Meu corpo agora só fala Portuquês (...)"
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