domingo, 17 de janeiro de 2010

Vai um Caudinho aí?


Ontem na Praia de Tambaba, vi este anúncio com um erro básico na palavra "Caldinho", que foi escrita com "u" ao invés do "l". O sabor estava ótimo, mas o erro do anúncio me embrulhou o estômago. É normal errarmos palavras no nosso cotidiano, uma vez que a nossa língua não é nada fácil de ser escrita e falada, mas em alguns momentos encontramos alguns exageros.
O anúncio da praia foi escito por um senhor de pouca instrução e o coloquei aqui para servir de exemplo para o que desejei falar hoje, que é a constante falta de esmero com a nossa escrita, mesmo por pessoas que tiveram muito acesso aos mais diferenciados meios de aperfeiçoamento existentes no mercado educacional.
Vejo pessoas com pouca instrução, mas que tiveram curiosidade para aprender e por isso erram menos e cometem menos gafes na hora de usar a língua portuguesa. Encontro professores que deveriam dar show na hora da escrita e da fala, mas que são verdadeiros vexames quando usam o nosso dialeto tão amado e rico.
Como disse Caetado: Minha Pátria é minha Língua (...)
É mesmo. Se não valorizarmos nossa língua, como seremos dignos de sermos chamados de brasileiros? Como será a nossa expressão verbal e como teremos meios de competir com o mundo que nos cerca e nos cobra tanta especialização e esmero em tudo?
Será que nascemos falando e escrevendo tudo certinho?
Minha sobrinha tem sete anos e escreve bem melhor que muita gente adulta. Tem letra caprichada, uniforme, contínua e já efetua boas conjugações verbais sem que tenha que ficar perguntando para a professora. Ela nasceu assim? Claro que não.
Está sendo moldada para isso e muitos pais não observam que sua contribuição é essencial para que isso se torne realidade e para que os adultos do futuro sejam capazes de nos mostrar um mundo comunicativo de forma correta e que não impossibilite o entendimento das frases e das orações.
Quantas vezes você já leu uma frase e não entendeu nada da mensagem que queria ser passada?
Eu já me deparei com várias situações como esta e confesso que quando comparei a frase com a pessoa que escreveu, fiquei ainda mais decepcionado. Ela aparentemente teria chances de escrever algo infinitamente melhor e mais elaborado, evitando o desgaste dos meus neurônios.
Vou usar uma frase da Zélia Duncan para fechar o texto de hoje e ela refelte muito do que queria passar para vocês e espero que tenha conseguido, pois senão ficarei, também, enquadrado no rol de pessoas impossibilitadas de escrever algo produtivo e com bom entendimento.
" Meu corpo agora só fala Portuquês (...)"

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